quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Ribão não foi

No almoço de terça feira começaram a chegar os detalhes dos festejos de São Sebastião de Rampa. Nessa hora, escutando em silêncio o relato da Empregada, cheguei ao extase imaginando o pessoal da Vila Lobão, na volta para São Luís, na lama, empurrando a Van ladeira acima, com as trouxas de roupas, redes e demais apetrechos de uma boa farofada, no chão, pegando chuva.

Parece que o habitual aconteceu: como sempre nesses programas, em cima da hora, o acerto de transporte falha. E na ida não foi diferente, quando eles chegaram em Humberto de Campos, onde a turma desce do ônibus de linha e pega uma Van já préviamente contratada, ficaram por lá mesmo e a Van não apareceu. Coloquei novamente a imaginação antenada para vislumbrar aquela ruma de crianças "pegando fogo", aquela altura com fome, correndo atrás dos pobres frangos assados e assustados, sem penas, sem pescoço e sem cabeça, que tentavam fugir para o mato. E, na beira da estrada, uma gritaria histérica das mães a cada carro que se aproximava, muito mais com medo que os carros atropelassem os fugitivos frangos com farofa do que com os próprios "pestinhas" que estes, elas muito bem conheciam, sabiam se defender.

A Empregada pode até não ter dito nada como medo do que nós poderíamos falar, mas com certeza ela deve ter seguido viagem de moto-boy. Ela adora andar de moto-boy e essa parte da história eu ainda vou investigar, principalmente porque o principal ainda estava por saber: Por que o Ribão - namorado da Ana não foi? Muita maldade da Empregada não permitir que ele participasse daqueles 4 dias de farra por conta do pobre do São Sebastião de Rampa.Quem diria, logo a Ana...

Muito esperta, ela foi para Rampa sem dizer nada pro Ribão. E o Ribão enlouqueceu imaginando a sua Ana Alice, sozinha em Rampa, andando de moto-boy, no meio daquele povo que foi acompanhar a procissão do São Sebastião e que depois iria "cair na folia" do bom reagge do Maranhão. E a Ana era "reaggeira" de "quatro costados" conhecendo tudo quanto é "radiola" dessas bandas. A Ana e o reagge é que nem formiga no açucar e por isso o Ribão tinha bons motivos para ficar preocupado.

Até hoje a Empregada ainda não se recuperou dos 4 dias em Rampa e nem as histórias se acabaram. Sei que ainda tem muita coisa para emergir daquele fim de semana. É só ter paciência que ela vai desembuchar causo por causo, incluindo a ausência do Ribão. Amanhã tem mais...

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