sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ana Alice - A empregada

Rampa, um distrito do município de Humberto de Campos, já no litoral do Maranhão, fazendo parte dos Lençóis, foi o responsável pela "vinda ao mundo" da Empregada. O que seria de nós se não existisse Rampa? Como sobreviveríamos aos conturbados dias que vivemos em São Luís e mais aqueles que frequentemente viajamos para Belém - onde temos compromissos profissionais e eventualmente para Teresina, quando a Francisca vai "matar as saudades" da família, se em Rampa não tivesse nascido Ana Alice - a Empregada?

Realmente não teríamos como compartilhar nossa vida em Belém e Teresina, se não tivéssemos a Ana conosco. Confiamos nela e ela tem correspondido plenamente. Uma confiança ampla, que vai desde a alimentação do Brian - o Cachorrão, o pagamento das diversas contas mensais da rotina domiciliar, a fiscalização dos serviços domésticos terceirizados e a presença diária, inclusive nos fins de semana, sempre que estamos fora de São Luís.

Conversadeira, adora contar, sempre nos mínimos detalhes e cheio de "arrodeios", os causos que acontecem com ela, com os parentes e amigos mas, principalmente, com a vizinhança lá da invasão onde mora, ao lado da Vila Lobão. Todo dia tem um "causo": desde confusões nos ônibus quando retornou no dia anterior, ou na vinda para a labuta de manhã cedo e, se não foi no ônibus, a confusão foi de noite com um dos vizinhos ou de madrugada com os pivetes que rondam "o bairro" e, vez por outra, fazem ameaças gerais. Interessante é que ela diz que fica apavorada para, em seguida, contar as ameaças que faz aos "marginais". Vá entender isso.

Também gosta de reclamar do Brian e da má vontade do Cachorrão em ajuda-la nas tarefas domésticas. Diz ela que sempre que é convocado para o trabalho ele corre e vai dormir debaixo da cama. Isso é que é o famoso "caçar conversa". E ela faz com maestria.

Hoje ela veio me perguntar se é verdade que a planta que tenho num vaso na sala se chama Planta da Felicidade. Como pode ser este o nome da planta, se ela cheira mal e fica o tempo todo soltando folhas e sujando o chão? Respondi que esse é o nome certíssimo porque é a "planta da felicidade do patrão" que com isso vê a empregada trabalhando o dia inteiro catando as folhas do chão, sentindo o mal cheiro da planta. Nada pode deixar o patrão mais feliz do que aquilo que faça a empregada trabalhar em condições de risco. Ela deu uma gargalhada e saiu toda feliz. Realmente é a Planta da Felicidade: do patrão e da empregada e também da patroa e do cachorro. Principalmente para uma empregada que adora provocar o patrão.

Nos vemos na próxima segunda-feira quando as conversas da hora do almoço vão começar a "brotar" neste blog. Até lá.

2 comentários:

Anônimo disse...

E quando vocês vão mandar a Ana Alice passar umas férias comigo em Sampa?

Anônimo disse...

Não queres o brian?
Ele é uma graçinha hiperativa. Aproveitas e me "acode" (como diz o nordestino) e providencias logo um remedinho homeopático para ele.
(brincadeirinha...)

A Ana Alice é uma figura.
Se meus primos soubessem disso teriam cobrado "cachê" pelo passe dela.

Pouco tempo atrás li num livro da Danuza Leão onde ela dizia que "pior que roubar marido das amigas é rouba a empregada"- Deus do Céu!! Foi meu fim. Desse dia em diante acreditei que meu primos me amam muitoooo.

Xxxiiii, a Ana Alice era diarista da minha prima, que dispensada,foi logo aproveitada. Não deixei nem o "caso esfriar" - fui má, fui uma patroa má.

Meninos (Jelmiro, Giselda, Luana, Samuel, Carol),obrigada por tudo.Pela acolhida quente e amorosa, pela confiança em dividir sua casa e suas refeições conosco, pelo amor e carinhos doados a mim, ao Murilo e ao Brian.Vocês são umas das nossas "coleções coloridas" a matizar os céus da vida.